Boca escarlate
Tua boca escarlate
berra, xinga, quase late,
quando fica cheia de ciúmes.
Chegando ao cúmulo,
de transformar a minha boca,
num frio túmulo:
pois atônito fico,
diante da sua alma desbocada.
Às vezes,
dou um motivo ou dois...
e o que sempre segue depois:
é você pondo a boca no mundo,
dizendo que homem não presta,
que todo amor é imundo.
Ah! Passo pelos dias
triste e sozinho,
mas o amor nos leva
por um caminho,
onde pedindo perdão,
nossas bocas
novamente se encontrarão.
(FONSECA, José. In: ANDRADE, Paulo de Tarso. Bocas: Templo, Juiz de Fora, 2010)
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