Ando com a tristeza de criança
que perdeu o brinquedo predileto.
Um arrependimento do não feito,
uma vontade recolhida,
um gesto adormecido,
que perdeu o brinquedo predileto.
Um arrependimento do não feito,
uma vontade recolhida,
um gesto adormecido,
uma paixão exilada,
um grito engasgado,
um grito engasgado,
uma ação paralisada,
um riso esquecido,
feito coisa que ficou para trás,
que não se esconde,
não se esquece,
muito pior...
Como coisa que nunca
fica para trás,
vem junto,
sempre atada ao corpo,
como prolongamento da carne
ou punhal cravado no peito!
Vivo com a lucidez
de quem foge,
me perco com a aflição
de quem procura.
O inominado...
O impalpável...
O que não se escreve...
O que não se diz...
O que não se cala...
O que não é vazio...
O que não é plenitude...
As horas amontoadas nos dias,
os dias amontoados nos meses,
os meses amontoados nos anos,
os anos amontoados nesses versos,
esses versos amontoados no poema,
tão inútil quanto o silêncio...
Ando com a tristeza de criança
que perdeu o brinquedo predileto.
um riso esquecido,
feito coisa que ficou para trás,
que não se esconde,
não se esquece,
muito pior...
Como coisa que nunca
fica para trás,
vem junto,
sempre atada ao corpo,
como prolongamento da carne
ou punhal cravado no peito!
Vivo com a lucidez
de quem foge,
me perco com a aflição
de quem procura.
O inominado...
O impalpável...
O que não se escreve...
O que não se diz...
O que não se cala...
O que não é vazio...
O que não é plenitude...
As horas amontoadas nos dias,
os dias amontoados nos meses,
os meses amontoados nos anos,
os anos amontoados nesses versos,
esses versos amontoados no poema,
tão inútil quanto o silêncio...
Ando com a tristeza de criança
que perdeu o brinquedo predileto.
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