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José Augusto Ribeiro da Fonseca ou José Fonseca nasceu em Juiz de Fora, em 18 de fevereiro de 1978. É formado em filosofia, especialista em filosofia moderna e contemporânea pela Universidade Federal de Juiz de Fora e mestre em educação pela Universidade Católica de Petrópolis. Lecionou em várias instituições de ensino. É professor de filosofia e pai da Mariana. Escreveu Estilhaços e Mariana & outros poemas. Participou dos livros: Bocas: coletânea, de Paulo de Tarso; A palavra conVida, de Anderson Fabiano e Helena Charello; Juiz de Fora ao luar V.2,3 e 4, de Maria Helena Sleutjes e Poesia na pandemia, de Arthur Laizo e texto no livro o olhar a(r)mado, de Guilherme Melich. Publicou no jornal PROPOE: prosa e poesia e nos blogs, Plástico Bolha e Desassuntos.Tem os poemas "aposentadoria" e "boxe" (faixas 3 e 4), musicados no disco Norte, de Carlos Resende e "sinal dos tempos" (faixa 7), do disco abrindo caminhos, de Clarice e Carlos Resende. Declamou poemas no Eco performances poéticas e em batalhas de Slam.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

BRINQUEDO PREDILETO

Ando com a tristeza de criança
que perdeu
o brinquedo predileto.

Um arrependimento do não feito,
uma vontade recolhida,

um gesto adormecido,
uma paixão exilada,
um grito engasgado,
uma ação paralisada,
um riso esquecido,

feito coisa que ficou para trás,
que não se esconde,
não se esquece,
muito pior...
Como coisa que nunca
fica para trás,
vem junto,
sempre atada ao corpo,
como prolongamento da carne
ou punhal cravado no peito!

Vivo com a lucidez
de quem foge,
me perco com a aflição
de quem procura.

O inominado...
O impalpável...
O que não se escreve...
O que não se diz...
O que não se cala...
O que não é vazio...
O que não é plenitude...

As horas amontoadas nos dias,
os dias amontoados nos meses,
os meses amontoados nos anos,
os anos amontoados nesses versos,
esses versos amontoados no poema,
tão inútil quanto o silêncio...

Ando com a tristeza de criança
que perdeu o brinquedo predileto.

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